28 de setembro de 2012

SCREAMS OF HATE: "NÃO NOS PREOCUPAMOS COM RÓTULOS"

Por João Messias THE ROCKER

Ás vezes é necessário parar e recomeçar.

Depois de um período inativa, a banda paulista Screams of Hate retorna para escrever um novo rumo na carreira. 

Com a formação contando atualmente com Clayton Bartalo (Vocal), Thiago e Alê Bovo (Guitarra), Vicente (Baixo) e Marcelo (Bateria), lançaram recentemente o EP Corrupted, mesclando Death/Thrash   e  groove, fazendo deste um dos lançamentos mais interessantes do ano.

Nesta entrevista, a banda conta dos próximos passos e da felicidade do atual momento!

Confiram!


Screams of Hate
Foto: Divulgação
NEW HORIZONS ZINE: A banda passou por um hiato de 3 anos. Quais foram os fatores que os motivaram a voltar?
Vicente: A determinação do Alê Bovo (guitar) foi essencial para esse retorno, com a saída do Butcha e do Gari, membros originais do Screams.

Era difícil pensar em achar alguém a altura para ingressar na banda. Quando o Alê nos apresentou o Clayton e o Thiago, ficou claro que o time estava fechado. 

A empolgação e profissionalismo dos caras nos contagiou, e o resultado ta aí para todos ouvirem.

NHZ: Nessa nova saga, vocês estão contando com novos integrantes. Como foi buscar por novas pessoas e se estão satisfeitos com a atual formação?
Vicente: Desde o inicio, a banda passou por diversas formações e isso contribuiu para o amadurecimento de nossa sonoridade.  

Com a formação atual estamos em um momento interessante: mais alinhados e focados. Isso fortalece tanto nossa amizade quanto nosso entrosamento!

O Clayton e o Thiago estavam em um projeto de tocarem covers de bandas Thrash e Death Metal mas nao vingou, e um dos ex-membros era amigo comum do Screams (Marccos Fuzaro / Electric Eye) e indicou os caras.

NHZ: Nestes 10 anos de banda, quais foram as melhores e piores experiências?
Vicente: Eu estou na banda desde 2006 e foram muitos bons momentos tocando ao lado de bandas de destaque da cena Metal e Hardcore por São Paulo e Interior.

O lado ruim é sentir a desunião no Underground, pois juntos poderíamos conseguir condições melhores pra tocar. 

Muita gente lucra as custas das bandas independentes e isso é algo que gostaria que mudasse.

Capa do EP Corrupted
Divulgação
NHZ: O fruto desse retorno é o EP Corrupted, que embora se caracterize como um trabalho de Death Metal passeia por diversos estilos musicais, como o Thrash e o Groove. Como foi o desenvolvimento da sonoridade e quais os cuidados para que a mistura não fique descosturada?
Clayton: A mistura de estilos musicais esteve sempre presente no DNA da banda. 

Priorizamos tocar “Metal" e não nos importamos com rotulos e sim com a musicalidade da banda, incluindo nossas referencias nesse EP reestruturando musicas antigas e colocando nossa atual identidade. 

NHZ: Vamos falar sobre as canções do trabalho. A faixa Revanche, que por ser cantada em português, realça mais a proposta da banda. Vocês pensam em produzir mais canções no idioma pátrio?
Clayton: Curtimos bastante o resultado da Revanche em português e nos shows fica foda! Mas no momento focaremos nossas composições na Língua Inglesa e faremos uma versão da Revanche em Inglês, que sera trabalhada no novo CD da banda.

NHZ: A banda disponibilizou o EP para download gratuito no site da banda. Como estão os acessos e as resenhas ao novo trabalho?
Clayton: A receptividade do pessoal esta nos surpreendendo de verdade, principalmente no exterior atraves de nossas redes sociais. 

Nossa pretensao com o EP era somente voltar a cena. Ganharmos entrosamento e realizaremos alguns shows até o lancamento de nosso CD em 2013.

A cobranca da galera pelo Full-Length está motivando muito a gente.

NHZ: Ao mesmo tempo, vocês lançaram cópias físicas do EP. Mesmo com esses tempos de pirataria, o que os motivaram a lançar nesse formato?
Clayton (vocal): Precisavamos de um material fisico que desse apoio em nossa divulgação. 

Muita gente corre atrás de CD/EP. Comercializamos esse material nos shows e pela internet.

Screams of Hate
Foto: Divulgação
NHZ: Falando em pirataria, até quando elas afetaram as bandas independentes?
Clayton: Nessa fase da banda todo tipo de divulgação ajuda. 

Somos 100% independentes e não vejo que a Pirataria interfira diretamente, ate pela cultura atual de Download de musicas de forma gratuita. 

Mesmo assim, as bandas buscaram outras formas de captar grana (venda camisetas, shows, etc), se adequando ao mercado.

NHZ: Nessa vou citar algumas bandas e queria a opinião de vocês sobre elas: Kreator, Death, Meshuggah e Machine Head.
Screams of Hate:
Kreator: Crescemos escutando Kreator e seu Thrash inconfundivel, pela voz do Petrozza e pela técnica da banda. Referência de todos, cada um com uma fase preferida.

Death: Grande influência musical do Thiago e Clayton, pioneiros no estilo e que faz muita falta na cena atual, seria legal ver a evolução que o Chuck daria apos o album The Sound Of Perseverance.

Meshuggah: Referencia do Alê Bovo! Arriscam com novos elementos em seus discos, riffs pesadissimos e sonoridade impar que caracterizam a banda. Curtimos tambem.

Machine Head: Uma unanimidade na banda!
Todos curtem muito o trampo dos caras, que aliam peso, cadência e técnica na medida certa!

NHZ: Amigos! Muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
Screams Of Hate: Agradecemos a oportunidade João e NHZ! Esperamos que os leitores curtam o nosso EP Corrupted em nossas redes sociais para apoiar o Metal Nacional! 

Estamos em processo de composicao do novo CD e temos certeza que mostraremos o mais Brutal Metal Made in Brazil para vocês em 2013.

Keep rocking & Stay Heavy galera! 

17 de setembro de 2012

TIER: MODERNO E JOVIAL

Single mescla o Hard/Heavy de forma pesada e inteligente

Por João Messias THE ROCKER

Tier
Foto: Divulgação
Quantas bandas você conhece que tem o Metallica dos primeiros quatro discos como influência? Muitas!

E da fase Load/Reload? Poucas? Nenhuma?

Acabei de encontrar uma que tem tudo, mas tudo mesmo para ser um dos grandes do cenário do Rock, inclusive do mainstream, se tiver as merecidas chances.

Formado no ano passado por Ber (Vocal), Diego Gomes e Wolfe (Guitarras), Ton Gomes (Baixo) e Leandro (Bateria), os caras mesclam a influência já citada do Metallica com Hard e Heavy, com riffs pesados e pegajosos e vocais que grudam. Tudo recheado de peso. 

Das quatro faixas, destaque para Sem Saída, cujo vídeo conta com a participação da modelo Andressa Urach. 

As outras músicas Enfrente e Volta ao Jogo são cheias de punch e contam com bem arranjos bem sacados de bateria. 

Apenas a balada Te Encontrar destoa um pouco, não por ser ruim, mas por não estar no mesmo nível das anteriores. 

Outra influência percebida no som do quinteto são os gaúchos do Rosa Tattoada.

Gostou? O que está esperando para conferir?

14 de setembro de 2012

BASTARDOS: “ISSO QUE A GENTE VÊ POR AI NÃO É ROCK AND ROLL”

Quarteto retorna após pausa nas atividades.

Por João Messias THE ROCKER

Bastardos - Divulgação
Fundada em 2004, a banda de Punk Rock Bastardos passou por um hiato e recentemente retornou as atividades.

Com três trabalhos na praça: Punk Rock, Cerveja e Diversão; Agora Basta e Los Mariachis Ao Vivo, o quarteto formado hoje por Daniel (Guitarra/Voz), Ale (Guitarra), Willi The Billy (Baixo) e Santos (D), possui um ar mais alegre e menos sisudo que seus colegas de estilo dos anos 80.

E os membros Daniel e Willi concederam uma entrevista ao NEW HORIZONS para contar da volta da banda, comentar o atual momento da cena e muito mais.

Confiram!

NEW HORIZONS ZINE: Olá! A banda foi fundada em 2004 e passou por um hiato e retomaram as atividades no ano passado. O que os motivaram a voltar?
Daniel: O que mais me motivou foi ver como esta a cena hoje em dia, com muita frescura e pouco som, isso que a gente vê por ai não é Rock and Roll !

Willi The Billy: Reforçando o que o Daniel disse, estamos voltando por que cansamos de ver as bandas de hoje, a cena musical está precisando de um empurrando, nossa missão é revolucionar novamente o Rock And Roll Nacional.

NHZ: Recentemente vocês fizeram um show de retorno. Como foi a apresentação?
Daniel: Foi demais, muito bom tocar depois de algum tempo parado e ver que a gente ainda esta em forma.

Willi: Sentir o publico novamente, com uma nova formação, cara, foi sensacional.

NHZ: Vocês tocam um Punk Rock, estilo que é muito mal visto pelas pessoas que o associam a violência e que não é feito por bons instrumentistas. Mas, o estilo tem como base o ritmo e a coesão dos músicos. Como representantes desse tipo de som, o que tem a dizer para quem pensa assim?
Daniel: Tem algumas pessoas ainda que insistem nessa idéia, mas a grande maioria já vê diferente, violência esta presente em qualquer lugar, não é uma exclusividade do Punk Rock, e posso te dizer, show de outros estilos apoiados pela mídia são muito piores vai em um pagode e pisa no pé de alguém pra ver o que acontece...

Willi: A mídia empobreceu demais o Rock, não somos nenhum Mozart, mas passamos muito bem dos 3 acordes!

NHZ: E nesse tempo, vocês lançaram três registros: as demos Punk Rock, Cerveja e Diversão; Agora Basta e Los Mariachis Ao Vivo. O que acham desses trabalhos hoje?
Daniel: Sim, eu gosto bastante, são a base do som dos Bastardos. A (demo) Punk Rock Cerveja e Diversão na minha opinião é a melhor, as musicas dele são as que eu mais gosto do nosso trabalho.

Willi: São nossas raízes, simplicidade, “macheza” e bom gosto...
... São os pilares que nos mantem para o futuro. De todos os álbuns eu carrego uma lembrança, pois mesmo quando ainda não era da banda, já era amigo dos caras, e de certo modo ajudei na construção deles.

Bastardos - Divulgação
NHZ: Vocês são da região do ABC paulista, que já foi referência do Underground nos anos 80, passou por algumas baixas e hoje está retomando o seu merecido lugar com casas de shows, eventos de qualidade. Isso na visão dos que não possuem banda como eu, e para vocês, como está a cena para as bandas?
Daniel – Realmente, nos anos 80 o ABC era referencia!  Bandas como Garotos Podres, Grinders quebravam tudo por aqui! Mas a cena deu uma caída devido a panelas e grupinhos que dominaram e acabaram com tudo, e hoje a cena esta se fortalecendo de novo.
Tem muita banda legal por aqui a fim de mostrar trabalho e está aparecendo cada vez mais bares e casas boas com uma estrutura legal.  Coisa que antes era mais difícil, só com união isso vai mudar.

Willi: O mundo está passando por mudanças, hoje vemos mais oportunidades que anos atrás, para nos mesmos que não somos dos anos 80. A diversidade está boa de certo modo. Voltamos agora em 2012 e estamos tendo muitas e boas oportunidades de divulgar nosso trabalho.

NHZ: A banda já está trabalhando em material inédito? O que podemos esperar das músicas novas quanto ao direcionamento musical?
Daniel: Sim!  Já temos muita coisa escrita e agora passando os shows que estão marcados, vamos nos dedicar a elas. O som vai ser bem a cara da banda: simples e direto.  Punk rock com pitadas de Surf Music, sem frescuras.  

Willi: Sim, estamos trabalhando em novidades, aproveitando os novos integrantes, para dar um charme novo a banda. Em breve teremos novidades.

NHZ: Infelizmente, o ato de fazer algo voltado ao Rock, seja com uma banda, ou montando um fanzine está deixando de ser algo voltado prazeroso, fazendo para ganhar dinheiro ou direcionado por modismos. O que pensam desse suposto “profissionalismo” de hoje?
Daniel: Esse “profissionalismo” é o que me estressa e foi um dos grandes motivos pra voltar com a banda. Hoje o cara monta banda pra pegar as menininhas e ganhar uma grana. Eu sempre toquei, sempre fiz musica por amor, pra falar o que eu penso, se vão gostar ou não é conseqüência, mas tudo é verdadeiro e não é motivado por modinhas e dinheiro.

Willi The Billy: O Bastardos passa longe de modinhas, fazemos o que gostamos e divulgamos para quem gostar, não mudamos nossa cara ou rótulo para aguardar ninguém .

NHZ: Para encerrar, vou citar algumas bandas clássicas de Punk Rock e queria a opinião de vocês a elas:
Ramones

Daniel: Uma das minhas 3 bandas favoritas! Não sei o que seria do Rock n Roll sem a simplicidade deles !!!

Willi The Billy: Simplicidade que já inspirou muitos de nossos trabalhos.

The Clash

Daniel - Outra grande banda! Das inglesas é a minha favorita! Cresci ouvindo Clash... faz parte da minha vida!

Willi The Billy – Conseguiu manter as raízes, e se manter por décadas em uma época difícil. Serve de inspiração em tudo o que se refere a música.

Misfits

Daniel: Mais uma das 3. Não tenho nem palavras (risos)! Sou viciado em Misfits e a banda  é uma das grandes influencias do Bastardos (risos)! Só pra constar: a outra das 3 é o Toy Dolls!

Willi: Para o Bastardos são ícones! Para ser sincero, já até fomos cover deles (em outros séculos - risos).

Blind Pigs

Daniel: Puta Banda! Grande referencia quando se fala em Punk nacional, Conformismo e Resistência foda!

Willi: O Daniel afirmou bem, uma grande referencia, às vezes não tão conhecidos por muitos, mas deixou sua marca!

Garotos Podres

Bastardos - Divulgação
Daniel: Se tratando de Punk Nacional, ao lado dos Inocentes é sem duvida nenhuma minha banda preferida eu cresci ouvindo Anarquia, Papai Noel, Eu não gosto do governo, Subúrbio Operário, Garoto Podre.... foda !!!

Willi The Billy: Os caras são vizinhos nossos, fazem o que gostam, levaram a vida sempre assim. Parece uma banda que conheço!?
Viva o Garotos!

NHZ: Obrigado pela entrevista! O espaço é de vocês!
Daniel - Eu gostaria muito de aproveitar esse espaço e agradecer demais o pessoal que esta cada vez, mas comparecendo nos shows e cada vez mais apoiando e curtindo nosso trabalho.

Apóiem sempre, não só a gente, mas todas as bandas verdadeiras, só com o apoio de vocês vamos levantar a cena de novo e acabar com essa frescura que a gente vê hoje por ai... Tem muita banda legal a fim de mostrar o trabalho então apóiem, e claro agradecer você João pelo espaço, e pela força!
Valeu!!!

Willi: Gostaria de agradecer ao João Messias, pela oportunidade, estamos felizes de retornar e ter um espaço bacana para conceder uma entrevista!

A todos que curtem ou que um dia curtirão o BASTARDOS, saibam que estaremos aqui e até o fim vamos lutar para mudar a cara do Rock Nacional!

Obrigado!



6 de setembro de 2012

PANZER: DERRUBANDO TUDO

Novo single aponta banda indo para uma direção mais extrema.

Por João Messias THE ROCKER

Capa do single Rising
Divulgação
Depois de um hiato de quase uma década, um dos grandes nomes do Thrash nacional retoma as atividades. E com força, mas muita força!

Contando com os membros originais Edson Graseffi (Bateria) e André Pars (Guitarra), chegam para essa nova fase o vocalista Rafael Moreira e  o baixista Rafael DM.

O primeiro fruto da volta é o single Rising, que apesar da Thrashera habitual, aparece renovada, com muito mais peso, lembrando nomes como Fear Factory e Napalm Death. 

Todos os instrumentistas são feras, mas o maior destaque é Rafael Moreira, que com seus urros e berros assusta muita gente!

Com certeza o novo álbum colocará os caras de volta no topo do Thrash nacional! E enquanto isso não chega, curtam esse som que está disponível para download no site dos caras!

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...