3 de outubro de 2012

IMAGERY: UMA RESPOSTA AO PROGRESSIVO ATUAL?

Por João Messias THE ROCKER

As bandas atuais de Prog Metal têm uma receita  de fazer discos: influências diversas e referências futuristas.

Algumas fazem coisas boas, outras nem tanto. O que incomoda não é o tipo de miscelânea musical que fazem hoje, e sim o fato delas praticamente esquecer as referências do estilo, principalmente as dos anos 70. Felizmente aparecem bandas que tem a missão de colocar as coisas nos eixos.

O Imagery, do Paraná e uma delas. Atualmente formada por Joceir Bertoni (Vocal/Guitarra), Ricardo Fanucchi (Baixo), Henrique Loureiro (Teclados) e Bruno Pamplona (Bateria), lançou recentemente o debut The Inner Journey, que bebe na fonte setentista do estilo e agrega saudáveis influências do Hard/Heavy e até da Bossa Nova.

O entrevistado Joceir Bertoni comentou da divulgação, métrica musical e muito mais!

Confiram:

Imagery
Foto: Divulgação
NEW HORIZONS ZINE: A música que fazem é interessante, pois o Rock Progressivo que praticam bebe nas fontes setentistas do estilo. Com a vantagem de agregar a crueza do Hard/Heavy da mesma época, o que proporciona identidade e um ar mais Stoner. A sonoridade criada pela banda soa como uma “resposta” a cena Prog de hoje?
Joceir Bertoni: Gostei da pergunta (risos). Parece que deveria ser uma resposta, mas não é. Apenas fazemos música que agrada nosso gosto pessoal. Gostamos do Rock Progressivo e também do Heavy Metal, então tentamos pegar o que há de melhor em cada estilo.

NHZ: Vocês lançaram em julho o primeiro álbum “full”, The Inner Journey. Como está a repercussão e as críticas ao trabalho?
Joceir - Esta sendo muito positivo. O publico está se identificando com o trabalho, é uma música diferenciada das demais, acredito que isso está sendo um ponto positivo no trabalho.

NHZ: Algumas músicas merecem destaque como Perception, que agrega passagens da Bossa Nova e Start the War pela pegada dos anos 70. Por possuírem influências diversas, fica difícil para compor ou tudo é metricamente calculado?
Joceir - Tudo é metricamente calculado. Pensamos muito antes de compor uma musica. Pegamos as influências de cada um e juntos chegamos à conclusão do que é bom para a música.

NHZ: A energia e o clima denso, que age como uma “conversa” com o ouvinte. Isso  me fez lembrar muito do álbum Promised Land do Queensryche. O que acham desse trabalho?
Joceir: Acho um álbum com uma atmosfera forte e impactante.

NHZ: Após a gravação do álbum, vocês tiveram algumas mudanças de formação. Como está à banda hoje e o que a entrada dos novos integrantes trouxe a sonoridade da banda?
Joceir: O Henrique trabalhou conosco no primeiro álbum. Ele não era efetivado como membro da banda porque estava passando por uma fase complicada. E o Bruno já havia gravado dois álbuns conosco em outros projetos, então já tínhamos muita afinidade tocando juntos. Eles são grandes instrumentistas e agregaram muito para o projeto.  

NHZ: Falando em Progressivo, vocês abriram para um dos grandes nomes do estilo, o Focus. Como foram as apresentações e o tratamento dos gringos ao Imagery?
Joceir: Foi muito positivo, poder ver uma lenda do Rock do palco é sempre uma oportunidade única. Imagine então dividir o palco com eles!

Capa do CD The Inner Journey
Divulgação
NHZ: Vamos falar da capa. A arte mostra o dualismo, mas de forma poética e não destrutiva como vemos hoje em dia. Esse conceito surgiu “de primeira” ou foi algo que foi se construindo?

Joceir: Nas letras eu procurei trabalhar com essa questão da dualidade. Então já tínhamos uma idéia de onde partiríamos para desenvolver uma capa para o disco. Passamos para o Luciano (Neves, responsável pela arte da capa) e ele fez essa obra de arte.

NHZ: Continuando a falar da capa, ela nos faz lembrar os discos de vinil.  Penso que The Inner Journey faz por merecer sair nesse formato e com capa dupla. Vocês possuem planos de lançar o álbum dessa forma?
Joceir: Planos, temos muitos. Agora concretizar depende de vários fatores. Gostaríamos muito de lançar esse disco em vinil.

NHZ: Para encerrar, citarei algumas bandas antigas e novas de Prog e queria a opinião de vocês sobre elas: Dream Theater,  Marillion, Rush, Symphony X e Pocupine Tree.
Joceir:

Dream Theater: Minha maior referencia como banda.

Marillion:  Lindas melodias e harmonias! Músicas para refletir.

Rush : Prog Rock em essência!

Symphony X :Prog Metal em essência!

Pocupine Tree: Ótima banda e ótimo produtor (Steven Wilson).

NHZ: Obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem para os leitores!
Joceir: Muito Obrigado pelo espaço e pelo apoio, sem vocês, nós artistas independentes não teríamos espaço para mostrar nosso trabalho. Que possamos sempre defender nossa bandeira com sucesso, paz e alegria. www.facebook.com/imageryprog (Facebook)


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