25 de novembro de 2012

HELLISH WAR: “KEEP IT HELLISH” SERÁ UM MARCO NA CARREIRA DA BANDA”.

Quinteto apresenta novo vocalista e conta da gravação do terceiro disco de estúdio, Keep it Hellish.

Por João Messias Jr.

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Com 17 anos de estrada, a banda Hellish War já passou por coisas boas como o respeito dos fãs de música pesada, se apresentar por muitos locais (incluindo o exterior) e ter três registros de respeito: os álbuns de estúdio Defender of Metal e Heroes of Tomorrow, além do ao vivo Live in Germany.

Mas, como toda história, existem os pontos baixos. No fim de 2011, o vocalista Roger Hammer deixa a banda. A partir de então, os membros remanescentes Vulcano e Daniel Job (guitarras), JR (baixo) e Daniel Person (bateria) partiram na busca de uma nova voz ao conjunto.

Depois de receberem material de candidatos de todo o Brasil, a banda oficializa a Thalita como a nova voz do quinteto campineiro. Mas essa história ainda não havia chegado ao fim.

Hora de recomeçar

Quando parecia que as coisas retomariam os rumos, a banda recebeu a notícia que a então nova vocalista não poderia ficar na banda. O baterista Daniel Person nos conta os motivos da saída da cantora: “Estar em uma banda como o Hellish War exige muita disponibilidade, pois os compromissos são freqüentes e isso acaba interferindo na vida pessoal de todos os envolvidos. A Thalita é uma vocalista extremamente talentosa, no entanto, neste momento precisávamos de alguém que pudesse dar 100% de gás junto com a banda. Desejamos tudo de bom para ela, e para o Roger também, afirma Daniel.

Hora de juntar os cacos e recomeçar.

A nova voz

Bil Martins
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Depois de mais um período recebendo e ouvindo material, a banda encontrou seu novo frontman. Trata-se do vocalista Bil Martins, que já antes de ser efetivado, participou como convidado em alguns shows. O cantor já fez parte de grupos de tradição como Heavenly Kingdom, Dark Witch e Vetor.

Daniel conta os fatores que influenciaram na escolha do frontman: “: A afinidade pessoal e musical. Seu comprometimento e, é claro, toda a qualidade que ele demonstrou como vocalista de heavy metal, com um timbre e alcance que se encaixam totalmente com a sonoridade do Hellish War. Este tem sido um momento fantástico para nós, e temos certeza de que nossos fãs ficarão muito satisfeitos também, quando ouvirem nosso novo álbum, que já está praticamente saindo do forno”.

Com vocês, Bil Martins

Bil nos contou das expectativas de estar na banda, substituir a voz que era uma marca registrada do Hellish War e o que os fãs podem esperar dele: “É muito difícil substituir uma pessoa que foi a cara da banda durante tantos anos. Sei da responsabilidade que é assumir o posto de frontman de uma banda como o Hellish War. Estou honrado e grato por esta chance, os fãs podem esperar por um trabalho de alto nível, tanto de minha parte quanto dos meus novos irmãos de banda. Espero não decepcionar os antigos fãs e que os novos também gostem dessa nova fase.  

Para os mais ansiosos, Bil contou suas influências: São de bandas dos anos 80 como Grave Digger, Virgin Steele, Judas Priest, Blind Guardian, Grim Reaper, além de outras vertentes como Destruction, Amon AmarthHard Rock dos anos 70 como Deep  Purple, Rainbow e Uriah Heep, afirma o novo frontman.

Prova de fogo

Daniel Person
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O novo vocalista já entra para a banda numa prova de fogo: gravar às vozes do novo disco de estúdio, Keep it Hellish. Daniel Person conta o que os fãs podem esperar do disco quanto à sonoridade: “Keep it Hellish” é HEAVY METAL do início ao fim! Estamos muito ansiosos para mostrar esse trabalho pra todos vocês; vejo este novo play como a combinação perfeita entre a sonoridade dos nossos dois primeiros álbuns de estúdio, Defender of Metal e Heroes of Tomorrow. Acreditamos que Keep it 
Hellish será um marco na carreira da banda, demos o nosso melhor durante todo o processo de composição das músicas, e a essência do que é o Hellish War está ali, do início ao fim”, finaliza o baterista.

Cena nacional

Apesar de existirem aqueles guerreiros de cena, que prestigiam os shows independentes, divulgam para todo o planeta por meio das redes sociais, há algumas coisas que nos decepcionam, como o que ocorreu na última quarta-feira (21), aqui na região do ABC, onde se apresentaram as bandas Mad Old Lady, Tornado e Mark Boals (ex Malmsteen, Royal Hunt), onde haviam apenas “testemunhas”, jornalistas e fotógrafos em sua maioria.

O músico exprimiu uma opinião sobre fatos como o citado acima: “É realmente uma pena que eventos como o que você mencionou, bem organizados e com bandas excelentes, não consigam fazer com que as pessoas saiam de casa. Um fator que exerce bastante peso neste ponto é a internet.  Antigamente, para se ver uma banda ao vivo, você necessariamente tinha que ir até o show dos caras; hoje, está tudo no youtube. É claro que não é a mesma coisa, mas as pessoas só saberão da diferença caso se dêem a chance de assistir a pelo menos um bom show. Acho que o desafio está aí, as bandas e produtores precisam dar um jeito de começar a trazer público novo para os seus eventos.

Show de Sorocaba
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Além da “geração internet”, o baterista mostrou o outro lado da questão, inclusive com alguns perrengues ocorridos com a banda: “Uma boa parcela de culpa está também nas mãos de muitos produtores e organizadores de eventos, com certeza não podemos isentá-los, pois não basta ter boa vontade para se organizar um bom show: é preciso ter planejamento e um mínimo de estrutura. Consigo contar nos dedos de uma mão quais foram os festivais underground de heavy metal onde tocamos e que não houve atrasos no cronograma das bandas. Houve situações onde o Hellish War estava marcado para tocar à meia-noite, e subimos ao palco às 3:30 da manhã. Para o público, isso é muito chato, este tipo de coisa não pode acontecer. É um desrespeito. Portanto, essa desorganização afasta, e muito, o público dos shows. E com certeza cabe às bandas também fazerem o seu papel, dando o sangue em cima do palco, mostrando porque estão ali e fazendo valer o ingresso de quem foi ao show para prestigiá-los.

De volta ao Front

Pegando uma carona no nome do CD da instituição Golpe de Estado, o Hellish War estará se apresentando no dia 14/12 em Sorocaba (cartaz acima), no Asteroid, promovendo a estréia de Bil Martins após sua oficialização na banda.

Agora é olhar para frente e pensar que todos esses perrengues só serviram para uma coisa: mostrar como o nome Hellish War é forte, presente e importante para a cena underground nacional.

Keep it Hellish!

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