11 de maio de 2013

PARADISE INC.: “FOI GRATIFICANTE RECEBER E-MAILS DE FÃS PELO MUNDO INTERESSADOS NO NOSSO TRABALHO”

Com quatro anos de estrada, a banda Paradise Inc. surgiu como uma opção aos fãs de hard rock. Pois embora tenhamos em terras tupiniquins nomes de destaque como Dr. Sin, não há aquele nome “padrão exportação”, que poderia cravar a bandeira nacional no velho mundo.

O quinteto formado na época por Rick (baixo), Marcos e De Grigo (guitarras), Alan (bateria) e o alemão Carsten Schulz (voz), lançaram como demonstração a música Time, que tem tudo para conquistar os fãs do estilo. Mas aqui no Brasil, o nome foi perdendo força e nesse ínterim, houve a saída do guitarrista De Grigo e nada do lançamento do disco. Até que recentemente fizeram uma apresentação junto com o Firehouse em São Paulo, contando com o vocalista Gus Monsanto.

Para contar sobre o momento e esclarecer essas questões, o baixista Rick conversou com o NEW HORIZONS ZINE e não apenas deixou os fãs do estilo mais tranqüilos como falou sobre outros assuntos que vocês conferem nas linhas abaixo:

Por João Messias Jr.

NEW HORIZONS ZINE: Quando a banda foi formada, as expectativas
Time
Divulgação
eram enormes, pois no Brasil há poucos nomes do estilo. Como surgiram os primeiros passos da banda?
Rick A.: Bom, de uma forma resumida, a banda Paradise Inc. foi formada em 2009, já com o intuito de resgatar esse estilo de música que está jogado nesses últimos anos aqui no Brasil, mas que tem muitos fãs desse estilo aguardando algo novo. Vale lembrar que são pouquíssimos os heróis que ainda tentam levantar essa bandeira durante esses anos.
A base da banda que é: eu, Rick no baixo, Alan na batera e Marcos na guitarra, continuou a mesma, facilitando a formação dessa banda atual. Ela surgiu naturalmente depois de anos tocando covers de bandas de hard rock por São Paulo e demais Estados do Brasil.

NHZ: Uma das maiores surpresas na formação da banda foi na escolha da voz, pois foi escolhido para o posto o alemão Carsten Schulz (Evidence One). O que os fizeram escolher um estrangeiro ao invés de um brasileiro?
Rick: Esse é um ponto delicado, mas a verdade é que são poucos os vocalistas brasileiros que passam no controle dos gringos. São criteriosos, principalmente com o inglês perfeito, sotaque, etc. Posso dizer que esse foi um dos motivos da escolha ao Carsten, que foi indicação do nosso produtor, Paul Logue. Mandamos uma música para interpretação e o resultado foi ótimo, um excelente vocalista!

NHZ: Outro fator que parecia levar a banda ao estrelato foi à assinatura de contrato com a gravadora alemã Avenue of Allies Music. Como foram as negociações?
Rick: Assim que acabamos de gravar o álbum “Time”, tivemos algumas opções de escolha com relação a gravadoras. A Avenue of Allies nos pareceu bastante interessada em apostar na banda, conseqüentemente fazer uma ótima divulgação pelo mundo. Fechamos um contrato com ela.

NHZ: Uma amostra estava disponível no site, que era a música Time, que musicalmente aponta que a banda está no caminho correto. Qual a aceitação dos fãs em relação à música?
Rick: A aceitação foi imediata, muito maior que imaginávamos. Foi muito gratificante receber e-mails de fãs pelo mundo interessados no nosso trabalho e principalmente nas músicas Time e Not in Paradise. As resenhas pelo mundo, principalmente na Europa foram muito boas.

Paradise Inc.
Divulgação
NHZ: Mas após isso, pelo menos aqui no Brasil, a banda foi sumindo, apesar de ter tido resenhas e entrevistas em alguns portais o nome Paradise Inc foi perdendo a força. Um primeiro indício de susto foi o site estar fora do ar. Vocês pretendem retomá-lo?
Rick: O foco do produtor realmente é na Europa, EUA e Japão, tendo em vista além de outras coisas o incentivo inexistente por parte de algumas pessoas para com esse estilo de música aqui no Brasil, infelizmente. Não há também união entre bandas, casas de shows, promotores, etc, que poderia resultar em uma melhor divulgação para todos, como mini festivais de hard rock, etc. Vejo muita gente inerte só preocupada em ganhar dinheiro e não ajudar as bandas que realmente dão um duro para mostrarem seus trabalhos, muitas vezes tendo que tirar do próprio bolso para continuarem, mas enfim, Brasil.....

Com relação ao site é uma mudança natural, estamos reformulando o site do Paradise Inc., contratamos um profissional renomado para nos ajudar nesse novo site, e em breve ele já estará no ar.

NHZ: Depois ocorreu a saída do guitarrista De Grigo. O que aconteceu?
Rick: A entrada do guitarrista De Grigo foi de fundamental importância para o Paradise Inc., que com certeza ajudou a banda a subir muitos degraus. Acontece que ele também tinha seus projetos pessoais, inclusive com músicos bem conhecidos internacionalmente. Logo depois de lançado o álbum Time, com uma repercursão positiva, ele resolveu dar continuidade no seu projeto pessoal, mas sempre acompanha nosso trabalho de perto.

NHZ: O auge desse ponto de interrogação veio nessas últimas semanas, com o lançamento do álbum Time em CDr aqui no Brasil e na abertura do Firehouse, vocês contaram com o vocalista Gus Monsanto (Symbolica). Qual é a real situação da banda?
Rick: Com o nome girando, pintou a oportunidade de abrir para o Firehouse aqui em SP, que seria uma ótima vitrine para mostrar nosso trabalho. Ocorre que o vocalista Carsten não poderia fazer essa data tendo em vista as gravações e trabalhos que estava fazendo na Alemanha. Como não queríamos perder a oportunidade, resolvemos chamar um vocalista daqui que estivesse disponível e principalmente que se encaixasse no nosso estilo.  Sem dúvida nenhuma Gus Monsanto foi o nome. Nos divertimos bastante no show.

Com relação ao CDr, foi apenas uma tiragem para o show. Queríamos que as pessoas que ainda não conheciam a banda pudessem através desse “brinde”, conhecerem mais sobre nosso trabalho.

Paradise Inc.
Divulgação
NHZ: Bandas como Europe, Mr. Big e Journey arrastaram uma multidão de pessoas em seus shows por aqui. Como avaliam o potencial do estilo no Brasil?
Rick: Tenho certeza que com uma maior divulgação e a boa vontade de algumas pessoas, muitas bandas de hard rock nacionais surgirão. Torço para que uma nova onda do estilo volte com toda a força, principalmente em SP. Assim, conseqüentemente haverá a  valorização dessas bandas, como acontecem com as bandas internacionais que conhecemos.

NHZ: Para encerrar, vou citar algumas bandas nacionais de hard/AOR e queria a opinião de vocês sobre elas:
Rick: Antes de entrar nos itens abaixo, gostaria de citar uma banda que me chamou muito a atenção, chama-se AURAS de Curitiba, e que na minha opinião tem uma das melhores músicas de hard rock nacional dos últimos anos. A música chama-se “Hungry Hearts”. Parabéns pelo excelente trampo rapaziada, espero num futuro próximo fazermos um show aqui em SP.

Taffo:  Uma das melhores bandas de hard rock surgiram no Brasil. Eles tinham o pacote completo na época, tanto visual quanto musical. Inclusive Marcos foi aluno do Wander Taffo, grande influência para o Paradise Inc.

Dr. Sin: Outro grande nome do hard rock brasileiro. Com certeza outra grande influência do Paradise Inc.

Dirty Woman: já ouvi falar, banda com formação antiga, atual Dancing Flame, se não me engano, ela fica naquele limite entre o hard rock e o heavy tradicional. Bem interessante.

Silent: Não conheço, mas se é hard rock nacional gostaria muito de conhecer seu trabalho.

Angel Heart: Banda antiga na cena. Não conhecia muito, mas tem uma sonoridade muito bacana, todos os elementos do hard 80’ estão presentes.

NHZ: Amigos, muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores desta publicação.
Rick: Muito obrigado João! Agradeço desde já a força e a atenção especial que você dá as bandas de hard rock. Pessoas como você é que precisamos para que este estilo esteja sempre no topo, onde ele merece estar!
Bom galera, espero que conheçam e curtam o som do Paradise Inc. Foi realmente um trabalho muito duro, mas o resultado foi incrível. Espero o total apoio as bandas de hard que estão surgindo e para aquelas que já estão na batalha. E o mais importante: nunca deixem de acreditar no seu sonho, por mais difícil que pareça.
Um abraço a todos!

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