“Apresentação de grupo canadense comoveu headbangers presentes, que apareceram em ótimo número”
Texto e fotos: João
Messias Jr.
Após
a maravilhosa apresentação de sábado, o dia seguinte foi mais uma oportunidade
para quem não viu (e viu) de conferir a última apresentação do Exciter por São
Paulo. O local escolhido, o Hangar 110 que graças ao seu “visual”, que lembra o
de um squat, foi o cenário perfeito para
essa noite, que além do grupo canadense teve como bandas de abertura Saturn,
Nervosa e Comando Nuclear.
O ABC também tem stoner
Saturn João Messias Jr. |
Às
18h15 e com poucas pessoas dentro da casa, os shows tiveram início com o Saturn.
Formado por Vinícius Castelli (voz e guitarra), Jean Gantinis (guitarra),
Adilson Ribeiro (baixo) e Fernando Capelli (bateria), o quarteto provou que agora a
região do ABC tem um digno representante do stoner rock. As canções dos caras alternam
momentos bem pesados e viagens psicodélicas, como em Major Colision.
Outros
destaques foram Red Smoke, com uma levada “gordurosa” do baixo e a pesadona
Troublemaker, que encerrou a curta apresentação. Vale citar também, que embora
carreguem influências de nomes como Black Sabbath, Mountain, Cathedral e
Trouble, possuem uma vibe mais “pra cima”, o que aqui é positivo. Ansioso pelo
CD dos caras, que deve sair até o fim desse ano.
Intenso e Extremo
Nervosa João Messias Jr. |
Mas voltando ao espetáculo, as meninas chamaram a atenção até do baterista do Exciter, Rick Charron, que ficou um bom tempo assistindo a performance do trio. Destaques para as músicas Morbid Courage, que possui uma levada empolgante, a cadenciada Wake Up and Fight, Victim of Yourself, que estará no primeiro disco delas, que está para sair e Masked Betrayer, que encerrou a apresentação.
Os vocais de Fernanda chamam a
atenção, pois lembram muito a saudosa Wendy Williams, além da baterista Pitchú, que massacra as peles de bateria sem dó nem piedade.
Unidos pelo Metal
Comando Nuclear João Messias Jr. |
Esse
foi o som que deu início ao show do Comando Nuclear. Ron Cygnus (voz), Rex e
Éric Würlz (guitarras), Rodrigo Exciter (baixo) e Hugo Golon (bateria)
mostraram que o metal em português tem seu espaço e fãs fiéis, que deliraram ao
som de Princesa Infernal, Caçada Mortal e Guerreiros da Noite, que foram
retribuídas com muitos moshes.
Em Vingança Metal, o baixista Rodrigo Exciter,
de tão empolgado, desceu do palco e tocou junto aos presentes. Resistir e
Mestre das Mentiras encerraram esta bela apresentação do quinteto, que se
mostra uma banda diferenciada, por meio de seu heavy tradicional, que alterna
momentos thrash/speed e que conta com um dos melhores vocalistas do país (e do
mundo) para o estilo.
Quase Perfeito
Exciter João Messias Jr. |
Já
eram 21h20 quando Kenny “Metal Mouth” Winter (voz), John Ricci (guitarra),
Clammy (baixo) e Rick Charron (bateria) iniciaram o seu set. Com um repertório
praticamente idêntico ao da noite anterior, despejaram aos bangers o mesmo
entusiasmo em sons como Stand Up and Fight, The Dark Command e Aggressor.
Kenny
é um vocalista carismático e não deve nada aos anteriores, principalmente nos
agudos, que são inspirados em Rob Halford.
Mas alguns problemas no som prejudicaram a
apresentação da banda. I am the Beast, contou com problemas no microfone do vocalista. Já em Heavy Metal Maniac e Evil Omen, apesar do mosh ter comido solto, a
guitarra de John praticamente sumiu.
Exciter João Messias Jr. |
Sanados
os problemas, foi prazeroso ouvir o “rugido” das seis cordas em Slaughtered in
Vain. Aí o jogo já estava ganho e o negócio foi curtir mais clássicos como a
cadenciada Pounding Metal, que teve como introdução um curto solo de bateria.
Durante a execução de Reign of Terror, uma breve confusão entre seguranças e
bangers tomou conta do palco, que logo foi contornada.
Long Live the Loud e
Violence and Force, praticamente emendadas finalizaram mais uma apresentação dos
canadenses em terras paulistas, que com certeza ficará na memória de todos os
presentes.
Mesmo não estando mais no auge da carreira e tampouco no primeiro escalão do heavy metal, o Exciter mostrou como se faz heavy metal com garra e paixão, ingredientes que fazem falta em muitos grupos da cena mundial.
Mesmo não estando mais no auge da carreira e tampouco no primeiro escalão do heavy metal, o Exciter mostrou como se faz heavy metal com garra e paixão, ingredientes que fazem falta em muitos grupos da cena mundial.
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