7 de outubro de 2013

VISCERAL SLAUGHTER: SUPERANDO TRAGÉDIAS

"Banda foi formada neste ano após o fim do grupo Anonymous Hate"

Por João Messias Jr.

Caedem
Divulgação
Uma notícia que pegou muitos fãs de metal extremo de surpresa foi o fim da banda amapaense Anonymous Hate, que se deu pelo falecimento do guitarrista Heliton Coelho. Só que os remanescentes Victor Figueiredo (voz), Fabrício Goes (guitarra) , Romeu Monteiro (baixo) e Alberto Martinez (bateria) canalizaram essa tristeza em música, e por meio dela foi criada uma nova banda, o Visceral Slaughter.

Interessante que apesar do recém criado grupo fazer um som na mesma linha, em nenhum momento soa parecido com a antiga banda dos membros. O que é ouvido em Caedem é mais brutal, direto e tão bom quanto. A bolachinha começa de forma curiosa, com uma "intro", que na verdade não possui som nenhum, talvez uma maneira de preparar nossos ouvidos para o massacre sonoro, que é apresentado por meio de Human Wreckage.

As vocalizações de Victor nos remetem aos anos 90, com aquele pique típico da Flórida (Monstrosity, Cannibal Corpse) e o instrumental, embora tenha referências desta sonoridade, tem traços marcantes do grindcore, o que dá uma diferenciada no som.

Outras faixas que descolam o pescoço do corpo são Search for Power (que conta com a participação do vocalista Jonathan Cruz, da Lacerated and Carbonized), Reign of Hypocrisy e Scars of Tyranny, que começa com um discurso político, cujo teor instiga o ouvinte ao massacre que a banda emana neste som. 

Além do som, o trabalho gráfico combina com a proposta, cujos desenhos sangrentos, que até nos fazem vir a memória os conflitos de terra ocorridos na região norte do país.

Ótima estreia que tem tudo para agradar aos fãs das vertentes mais agressivas do metal. Já aqueles que pensam que som pesado se restringe ao Linkin Park, Seether e afins, podem tomar um baita susto.

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